Friday, January 12, 2007

E a chuva que não pára
Como se nunca tivesse deixado de cair
Desde que me lembro
Começou a chover quando abri os olhos
Berrando por me querer ir embora
Ainda tenho o sabor do sangue na pele
E nas noites que não durmo
E a chuva que não lava
Nem apaga
Não sei bem o quê
Que não me deixa
Mas que me lembra chuva
Que vejo lá fora
E sinto cá dentro
Não sei
Nem sei se quero saber
O que me chove
Me afecta
E infecta
Desperta
Na noite que não passa
No sonho que não lembro
E chove lá fora
Força que se deixa cair
E eu cá dentro sem dormir.

1 comment:

Ana said...

Espero que um dia a chuva páre e um sol quente e radioso inunde os dias de cor, apagando toda a tristeza, o negrume e os vestígios da tempestade da alma...

Ana