Respiro os mistérios dos rostos encobertos
Com olhares cemitérios e andares meio incertos
Nas suas vozes deitadas em discursos sumidos
Vejo as razões roubadas nos sermões já ouvidos
Gestos cintados a mofo da tristeza que finge não ser
Peitos largos sem estofo de tardes sem amanhecer
A vida escorre-lhes da vida com sorrisos monotonia
E o fim está sempre presente no futuro em banho-maria
Quero dar sol quero dar fruta a estes irmãos de sonhos pequenos
Que o riso não tem de dar luta e o viver não tem que ser menos
Vou pôr-me ao alto para lhes chover de cor sobre os tormentos
E dar-lhes o sonho e o salto em poemas de fogo largados aos ventos.
Monday, July 23, 2007
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Sunday, July 22, 2007
O tempo
Abrupto e contundente
Larga-me em oásis de papel
Risos na noite e amor de gente
Assomos de longe debaixo da pele
A vida
Engulo-a sem querer
Porque corro de boca aberta
Danado de fome e de prazer
Sangue bem tinto e a alma desperta.
Posted by Verbo do Mundo at 8:10 PM 0 comments
Amamo-nos
Amamo-nos, sim
Mas não falamos de amor
Como se a palavra Amor
Não fosse própria
Como se o seu significante
Ficasse aquém do significado
E o seu som molestasse o que sentimos
Sentimo-nos tão soltos, tão cheios de luz
E a palavra Amor transporta consigo o peso de amores passados
Mais o receio de um futuro que não se sabe onde nos leva
Amamo-nos, sim
E não o dizemos
Não dizemos: Amo-te
E assim amamo-nos
Na liberdade de estarmos plenos
Na felicidade de não termos palavras que nos prendam
È verdade, não falamos de amor
Porque nós fazemos amor
Nós somos amor
Falamos amor com os nossos corpos
Com o silêncio quentinho de uma noite abraçados
Os sorrisos felizes de estarmos juntos
Não dizemos: Amo-te
E ainda bem
Porque o dizemos mais
Ao nos amarmos.
Posted by Verbo do Mundo at 8:03 PM 2 comments
Monday, July 16, 2007
You bringer of the light
Freshness of a start
Goddess of my delight
Triumph of my heart
Vision of the good to be
Priestess of pure insight
And the glory stays in me
Woman of all my night.
Posted by Verbo do Mundo at 11:09 PM 0 comments
Insanity was my middle name
Now is not the same
Because pain brings the shame
And the glory was not in fame
But in cultivating the flame
That brings to me your name
So I have paid my due
Blood and tears a few
Lost without a clue
Life in verb undo
Now my middle name is you.
Posted by Verbo do Mundo at 10:36 PM 0 comments