Tuesday, April 28, 2009

Antes do nada
Recuperar a semente
Nocturna
No frio da certeza

Umbigo terreno
Sobre a sombra vasta
Pegadas de água
No princípio

Ir à fonte
Ir ao centro
Que é agora
Cutelo da pergunta

Recordação
Eco de sentir
Névoa de batalha
Ruído da bonança

As palavras já não marcam
E o sonho já não vence
Porque a vitória agora é do corpo
E tudo é natural como o amor.

Wednesday, April 1, 2009

Cama desfeita sobre o mar, enraizada no solstício do ser
Poalha de gestos inacabados, sussurros inertes de desaprender
Braços sonho, sorrisos verbo, constelação de sonhos refeitos
Brisa que dança descalça no limite dos corpos eleitos

Soberana fonte invertida, no arco primal do templo
Quadro que se pinta a si mesmo na certeza do exemplo
O tempo parou a olhar-se, na elipse da pele sem segredo
Erigiu o padrão nesta praia, onde o amor venceu o medo.