Thursday, April 3, 2008

Construo-me pela derrota
Alargando-me para tudo caber
E a Rosa do meu mar
Dá-me a sede de amanhecer.

Dá-me quem seja
Apruma-me as asas
Sonha-me inteiro

Recruta-me para a vida
Dançando-me descalça
Na gruta dos meus silêncios

Já sou teu
Já vivo no teu gosto
Agora só basta comer do teu fruto.

A morte do silêncio
Névoa inteira sobre o sonho
Ruga de medo na manhã

Deixa-me sofrer a memória
Caído nos restos da minha sombra

Pergunta-me quem sou
E não me deixes responder

Dá-me o rio da tua viagem.