Os teus mamilos
São de fogo e são de
vento
Na minha cobra língua
De ti tem estado à míngua
São fogo porque ardem
Soltam chispa que me
entumece
Carne quente do meio de
mim
Grito carnal a dizer que
sim
São vento porque levantam
As velas do meu mastro
Deste oceano caravela
Que por te tocar se
revela
Os teus mamilos
São vesúvios rosados
Em erupções sempre novas
De meu desejo as trovas
Sorvo-te os mamilos
Entrego-me a eles devagar
Para os dar a mim que
mereço
Em prazeres que não
confesso
Lambo em febre os teus
mamilos
Arrepios de vertigem a
que me deixo
Vou tão longe neste sonho
desperto
Por de ti eu estar tão
perto
Dou-te trinquinhas nos
mamilos
Vontade de beijar a
morder
Porque beijar-te é tão pouco
Neste desejo sufoco
Ai, tão bom deixar-me ir
Deixar-me abraçar por
esta tontura
Boca desejo a cobri-los
Sonhos de amor, teus
mamilos.