Muitos nobres não são nobres
Porque de nobreza são pobres
Quando os olhas e descobres
Que se vendem por uns cobres
Não se é nobre por herança
Ou por se ter a maior pança
De nobreza só há esperança
No que o coração alcança
Pela força da verdade
A Coragem na adversidade
E dos jugos a liberdade
Sob o sol da humildade
E tu, nobreza mulher
Que meu sentir tanto quer
És mais nobre que um qualquer
Pois não é nobre quem quer
És a nobreza natural
Da coragem catedral
Firmeza em frente ao mal
No teu rugir visceral
Amo amar quem tu és
Dançando flores e marés
Entre a vitória e o revés
Ajoelho-me a teus pés
Na divina certeza
Da tua força e grandeza
Da luz da tua beleza
No teu olhar fortaleza
Amo-te, mulher que me ama
Que me reina e me dá chama
Meu horizonte e minha cama
Voz vida que me chama
E é tão nobre este amor
Que rompe pedra e temor
Silêncio, beijo e humor
Altar, seara e andor
Na nossa primeira dança
Cabo da Boa Esperança
Éden, galope e segurança
Desfraldaste meu olhar criança
Que é nobre, pela nossa dança…