Na sombra que me desperta encontro a rectidão do principio
Onde o mal é gémeo do bem e os abismos são montanhas do avesso
Equilibro-me em cima de nada porque não há nada que me seja
Desprendo-me de mim porque sou muito mais do que sou
Respiro um sopro infinito porque o infinito se respira em mim
Quando abro os olhos o universo acorda comigo e a luz acontece
Perdendo-se a memória de todos os feitos e de todos os ditos
E a presunção que destilo nos poemazitos que vou escrevendo.
Wednesday, December 19, 2007
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Monday, December 3, 2007
E se o amor fosse uma torrada
meio queimadinha, de manhã?
Ou fosse uma meia quentinha?
E cuecas lavadinhas, com cheiro a fresco?
E se o amor fosse um corte de cabelo no verão?
E uma chuva que faz fugir da praia a rir?
E se o amor fosse um Natal cheio de miúdos contentes?
E uma rosa bonita na beira do caminho?
Ou um poema parvinho de carinho por ti?
E se o amor fosse um jantar de aniversário entre amigos?
E uma loja de flores bonitas?
E se o amor fosses tu a sorrir para mim?
Antes de dormirmos saciados?
E se o amor fosse eu?
Por ser tão simples ser assim
E gostar de mim a gostar de ti
No génio de querer tudo o que é pequeno
E sorvermos só assim
Por o amor sermos nós.
Posted by Verbo do Mundo at 10:52 PM 0 comments