A minha chuva cai em ti
Troar cósmico de Úrano
Na dança criadora de mundos
No Centro do vulcão do teu ventre, Minha Gaia
Afunda-se o Áxis Mundi fervente
Que trás novos começos
Abre-se um universo de universos
Galáxias de vida emergente
Descem para ti em rio de luz eterna
Tu, Mãe, acolhes os novos mundos no teu seio
Deuses de vir a ser que te mergulham
Na fome infinita da criação
O Ser torna-se carne pelo nosso desejo
O Amor pode viver-se na nossa seiva
Explodindo num tremendum de flores vida
Dançamos desde de antes do tempo, Deusa
Eu que te crio por te deixar criares-me
Deus Céu que só existe na tua Terra
Nasceu o Filho do Homem que tu alimentas com o teu sangue
Brotou o Príncipe dos Príncipes inteiro e já com reino
Da suavidade da tua imensidão serena
Neste abraço do começo da vida
Deixamo-nos dormir na imobilidade da perfeição
Que se move no rugir dos nossos corpos
Amo-te, Deusa das primaveras, por receberes o meu fruto dourado
E solto-me no meu descanso divino de quem acabou de criar o Mundo.
Thursday, February 12, 2009
Posted by Verbo do Mundo at 10:25 PM
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1 comment:
Fantástico este poema. A forma como se abre capta e prende, obrigando à busca do seu desenrolar fresco e intenso...muito lindo. Parabéns.
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