Na queda olhava o fundo
Tentando antecipar o dano
Do embate todo humano
De quem lhe dói o mundo
E por olhar para o fundo
Nem sonho de luz via
O negrume não alumia
No seu abraço rotundo
Precisou bater no fundo
Sofrer a dor do embate
Desamparo sem resgate
Ricochete imundo
Para a queda ser parada
Que todo o ser lhe doa
Neste fundo de ser pessoa
Mentira derrotada
O fundo também é chão
Sustenta o levantar
E agora já pode o olhar
Erguer-se em elevação
E é no escuro menos dia
Abismo que tudo reduz
Que consegue ver a luz
Que a cair não via.
Wednesday, May 13, 2009
Fundo do Poço
Posted by Verbo do Mundo at 7:04 PM
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1 comment:
és mesmo essa pessoa, aquela que escreve aquilo que eu tb já encontrei, o querer procurar o fundo.
Hoje está presente demais a sensação e a vontade de mais um desafio... ir
E como eu amanhã desejava já estar num jardim cheio de verde e luz.
Mas sabes?
Não sou eu nem tu nem nenhum ser humano que decide.
Irei um dia, e até lá e muito raramente o acaso da vida que dá pelo nome de "humana", nos faz encontrar alguem igual.
Obrigada.
Sinto-me neste instante menos só.
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