A menina Pinóquio
Feita de carne e vontade
Aprendeu o que é próprio
A uma menina da sua idade
Para agradar ao carpinteiro
Senhor do bom e do mau
Anulou-se por inteiro
Tornou-se menina de pau
Agora fios invisíveis
Estão a guiar-lhe os gestos
E dos mundos possíveis
Só lhe sobraram os restos
Não suporta a verdade
Nem a vida que é acesa
Vive-se pela metade
E precisa de certeza
Defende de queixo erguido
O senhor que a manobra
Que lhe criou o sentido
Na tentação da cobra
Ai que o prazer é maldito
O sacrifício é que eleva
O sentir é proscrito
E da luz fez-se treva.
Sunday, November 22, 2009
Posted by Verbo do Mundo at 8:30 PM
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment