Monday, February 21, 2011

A vida soletra-se nos meus passos

Sou o chão que me caminha
E o raio de imensidão que me atinge por dentro

Sou a carne o silêncio e o sangue
A fúria de brotar de si

Sou o sexo ungido e total
Coluna do templo absoluto
Que respira em conjunto com os deuses

Sou os teus olhos de amor
A febre do teu desejo
A explosão do teu voo dourado

Sou a púrpura túnica
Que te dispo
A música que me lambe os sentidos
O grito murmurado do êxtase

Sou a glória da vida que se cumpre
No alcance inesperado da verdade

Sou, por vos ser a ser
Vejo, porque me dão a ver

E a terra sagrada é nossa
De corações a arder.

1 comment:

jorge vicente said...

e o meu coração arde por te ler, querido álvaro.

és um Muito Bom Poeta, meu amigo.

grande abraço de páscoa!
Jorge