De fantasmas que não existem
Vazios com peso de pedras
Que delimitam feridas por abrir
Vislumbre de não sentir
Entre o sonho e o partir
Corações de mármore branco
Suspensos do esquecimento
Na tangente do infinito
E do medo que está para vir
Que esfaqueiam o nevoeiro
Um zero cortado ao meio
Ausência recortada
Numa vida sem surgir
Muro na ilha do degredo
Estátua partida no chão da fome
Presença inerte que não tem nome
Rumo ao cego que não quer ouvir
E isso que importa
Não há nesse umbral que valha a pena
E a descrença não é pequena
E o poeta não quer sair.
Thursday, August 9, 2012
As palavras são sempre sombras
São a ínfima penumbra
As palavras são punhais de nada
São a véspera do segredo
As palavras não têm porta
Posted by Verbo do Mundo at 11:26 PM
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