Monday, January 14, 2013

E o contorno dos corpos
Aceso pelo rosário da ternura
Descreve a história dos vivos
Que romperam a muralha amargura
 
Na sombra monumento
Ao fel do desamor
Acende-se a claridade do sentir
Irrompe o voo do condor

É pelas tuas mãos que me semeio
É no teu olhar que me anseio
No amor que me trazes ao peito
Já canta um coração sem receio.

2 comments:

Anonymous said...

Afasto-te para não te querer
retorno ao sentir-te chegar
vassilo no regato dos teus versos

ao abandono
tapo-me de véus
com gossas cortinas água

serei eu ?
porque me encontro lá?
porque assim me vejo

ponte quebrada
emodeceu roseira brava
vermelho de sangue
arde magoado
ainda com picos

avisto o teu olhar guardado
no rio desejo que me atravessa
onde sonhos de ti perdidos
correm apressados
noite e dia

olhar enseada aguarda
lava e enche-me o peito
num só olhar me salva
num só gesto me fulmina

Anonymous said...

Olhos que me guardam malditos
Tristezas, dores em veloz rodopio
Vejo o rosário em soluços aflitos
Suspira em mim o que a mim confio.

Já não há nada a temer do amor
Dormente sentir do abandono
Abana coração suspenso em dor
No céu de Si, o seu a seu dono.

Gosto dos teus versos ouvir
Sente-se muito o teu sentir