Friday, January 18, 2013

Não sei o que é isto
Mas sinto o dia
Como lâmina de xisto

E nem sei porque disse isto
Talvez porque o que se ensombra
Quer a luz para ser visto

Sentimento misto
Feiura e beleza
Fome com fartura na mesa

Mas abraço-me na certeza
De que na doçura resisto
E de que é no amor que insisto

E, porque amo
Amo-me a amar
O amor que conquisto

E amo este dia
E a lâmina de xisto
E é neste amor que me Existo.

2 comments:

Anonymous said...

Quero ser folha
dançar ao vento
e teu rosto ao de leve
beijar
quero ser chuva
qual cortina de água
e te lavar
quero ser pássaro
para o sol
ouvires chegar
quero ser lábios pétala
para de rosa vermelho
te afagar
quero ser musgo
para corpo macio encostares
quero ser vento quente
para te aquecer
ao meu passar
quero ser manto alfazema
para com o meu perfume te inundar
e esqueceres o dia em que a roseira brava
acordou a lamina de xisto
só para se mostrar



Anonymous said...

Não Existo.

A verdade é isto:

Se para existir
é obrigatório sentir,
e a lamina de xisto
é a dor que conquisto

Então, nu desisto.


Existo.

A verdade é isto:

Se para existir
Basta forte pensar
Então sou vida a vestir
Corpo que sabe amar

E de ti me visto,
Monge
é no hábito que Existo.