Quando danças
A Terra gira mais depressa
Porque no seu peso de esfera gigante...
É a única forma de poder dançar contigo
Quando danças
O Sol veste o fato de banho e as barbatanas
Porque na sua imensidão soberana e irradiante
Quer mergulhar na beleza oceânica do teu movimento
Quando danças
As montanhas abrem desfiladeiros e novos vales
Porque nas suas perenes e imóveis massas de rocha
Conseguem assim sorrir pelo encanto que lanças
Quando danças
Os átomos beijam-se e fazem amor entre eles
Porque na sua infima pequenez atómica
Querem criar novas moléculas para celebrar a graça de quem és
Quando danças
A própria Vida acorda num amanhecer de mundo novo
E chora por sentir-se tão bela ao ver-se a dançar em Ti
Em mim, quando danças
Criam-se novas Terras, novos Sóis, montanhas e moléculas
Nascem novas formas de ser e novos povos que riem
E um coração trovador galopa numa pradaria de flores
Quando danças, sou criado de novo e para sempre
Num Big-bang que me explode no peito e no sorriso
E me torna Universo do teu Amor.
No comments:
Post a Comment