Wednesday, May 7, 2014

 
Não vás ainda
Espera pelo mistério da carícia
Pela sombra esvoaçante
Poisada na lapela do silêncio

Espera
Não julgues este fruto
Pela couraça da semente
Nem lhe peças para mentir
...
Permanece comigo
Á beira do horizonte
Na véspera fecunda do sentir
Onde o olhar aguarda a permissão da alvorada

É agora, a viagem
Rotundo assombro da presença
Majestade insondável do suspiro
Glorioso arrepio do éden

Se ficares, irás descobrir
Que já é teu o céu prometido
Fica tão longe como o encontro da pele
E tão perto como o Universo que és.

3 comments:

Anonymous said...

oh...mas não sentis-te ainda?
que não há morte, há é mais vida!
e que quando parece que ela finda,
ressurge, ignorante da partida.

Anonymous said...


Ainda que
não seja meu nome

oiço uma voz
chama por mim
mar infinito me impele
desço ás margens do rio Yamuna
festim com banhos
lá onde o sol dourado brilha
coluna de fogo me lavra e atiça
céu e mar de ti espalham perfumes
alquimia da flecha
sorvo levante
tuas palavras liquidas
são jorro repucho
felinos sonhos me habitam
como um vaso sem medida
vento modela forma erguida
híbridos corpos delicia
clareira das paixões
abundancia multiplica
na noite
toda a selva acorda

lua nova
cheguei agora
para não duvidar que a sombra que vejo brilhar
é o rosto da lua

Anonymous said...

Ouso

beijar
o rio
sussurro da corrente
folha da brisa poisada

beijar
o mar
costa viva
enrolada

desejar
oceano
tocar
estrela d`Álva

fecundar
cheiro a terra
perfume florir
saborear
frutos

soprar
corpo
céu
nuvem
vento
descobrir

ousar
ser
estar
permanecer e passar