Monday, January 29, 2018

A ti...

Imutabilidade na irresistível fervência do sentir
Broto urgente e impossível nas margens da ousadia
Já não restam as ossadas dos apetites primeiros...
Último respiro e gritar de opulência
Dança abrupta no sexo da existência
Garra a esventrar o véu da dormência


Radica no início a tua imparável divindade
De caminhos infinitos e mistérios de tudo
Irrefutável abismo no seu evidente absoluto
Clareza humilde do vencido amante
Que por tanto amar torna perto o distante
Gestos semente e carne exuberante

Vida dissiminada na efervescência do olhar
Palavras silêncio frescura na sombra da quietude
Lágrimas que voam na direção do arco-íris
E o teu nome celeste na minha alma impresso
Tão fundo me mora que já sei e confesso
Que por me teres tu és de mim o regresso.

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