Subitamente eterno
Como as flores da inocência
Na manhã do primeiro dia
Olhar que me corre dentro
Que me percorre dentro
Plantando oásis nos cantos da fome
E sonhos de vida no cantar de menino
Olhar que descobre a lágrima de sal
Que se traz à luz do amor
Desde a remota nascente invernosa
Dos gestos trémulos e dos passos perdidos
Olhar que me abre o olhar
Que me abre o (a)mar interior
Onde navego com bússola coração
Zarpando, imenso, da deserta praia solidão
Cheguei ao teu olhar
E ao chegar, tão longe que cheguei
Foi a mim que encontrei
No fundo, mais fundo, do teu olhar.
2 comments:
O meu Olhar
corre atrás do teu
e a intensidade do teu Olhar brilhante
não me deixa encontrá-lo
não sossego
escorrego até ás profundezas do teu Ser
e lá quando te encontro
ás vezes só ás vezes
inundo-me de ti
quando não estás
escontro-te entre as silhuetas
das árvores no imenso azul recortado
sinto-te no ar que me envolve
e toca até á ultima linha
que o mar adormeceu
ás vezes só ás vezes
sinto assim
quando o teu Olhar
encontra o meu
posso brincar com o olhar de ti?
Abrem-se as portas do espanto
Na suada casa da terra mãe
Vejo um largo no fundo do pranto
E no mais fundo canto de ti tambem
No fim do largo há uma canção
Onde o encanto é felicidade
E o rosto que olho em adoração
Imerge pueril em cumplicidade
Criança bela de feliz sorriso
Baloiça livre no ventre do tempo
Lança a magia, espanto do improviso
Ligado à ternura daquele momento
Seres que se encontram e ai ficam
num alado castelo que incredulo vê
Meigos olhos que doces brincam
No espaço daquilo que amando se crê
entendo que não publiques, é semi-automatico...fica estranho na beleza tua poesia...bjnho Ana
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