Tuesday, October 30, 2012


 Olhar supremo
Subitamente eterno
Como as flores da inocência
Na manhã do primeiro dia 

Olhar que me corre dentro
Que me percorre dentro
Plantando oásis nos cantos da fome
E sonhos de vida no cantar de menino 

Olhar que descobre a lágrima de sal
Que se traz à luz do amor
Desde a remota nascente invernosa
Dos gestos trémulos e dos passos perdidos 

Olhar que me abre o olhar
Que me abre o (a)mar interior
Onde navego com bússola coração
Zarpando, imenso, da deserta praia solidão 

Cheguei ao teu olhar
E ao chegar, tão longe que cheguei
Foi a mim que encontrei
No fundo, mais fundo, do teu olhar.

 

 

2 comments:

Anonymous said...

O meu Olhar
corre atrás do teu
e a intensidade do teu Olhar brilhante
não me deixa encontrá-lo
não sossego
escorrego até ás profundezas do teu Ser
e lá quando te encontro
ás vezes só ás vezes
inundo-me de ti
quando não estás
escontro-te entre as silhuetas
das árvores no imenso azul recortado
sinto-te no ar que me envolve
e toca até á ultima linha
que o mar adormeceu
ás vezes só ás vezes
sinto assim
quando o teu Olhar
encontra o meu

Anonymous said...

posso brincar com o olhar de ti?

Abrem-se as portas do espanto
Na suada casa da terra mãe
Vejo um largo no fundo do pranto
E no mais fundo canto de ti tambem

No fim do largo há uma canção
Onde o encanto é felicidade
E o rosto que olho em adoração
Imerge pueril em cumplicidade

Criança bela de feliz sorriso
Baloiça livre no ventre do tempo
Lança a magia, espanto do improviso
Ligado à ternura daquele momento

Seres que se encontram e ai ficam
num alado castelo que incredulo vê
Meigos olhos que doces brincam
No espaço daquilo que amando se crê

entendo que não publiques, é semi-automatico...fica estranho na beleza tua poesia...bjnho Ana