Friday, March 9, 2007

Abres o que é mais teu no corpo
Enquanto abres a alma por te dares
De arfares por me sentires dentro de ti
Por sentires que é aí que eu quero estar
Aberto porque te abro
Inteiro
Duro e suave
Forte e vulnerável
Bem dentro de ti
Enquanto nos confundimos
Em carne
Em suor
Em gozo
Em tesão
Em dor
Em lágrima
Em perdão
Em frescura de ser novo
Em morte que é vida
Porque é entrega
Porque é lonjura
Loucura
Juízo
De estar certo
O que estamos perto
E o que nos tocamos
Na carne
Na alma
No fruto que partilhamos
No amor a que nos deixamos
E na vida que já sentimos
Por nos deitarmos para dentro um do outro
Em sons de fome e de fartura
Em rosários de ternura
E sonhos de outra altura
Em que fomos mais
Em que fomos sempre
E somos agora
Estamos dentro e estamos fora
Neste aperto de aurora
Neste templo de quem se ama
Altar da nossa cama.

2 comments:

Cristina de Montezo said...
This comment has been removed by the author.
Su said...

Para quando a publicação de 1 livro?
Beijinhos.