Chegou-me o
demónio na noite
Tuesday, November 27, 2012
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Friday, November 23, 2012
Como um riacho no veludo do musgo
Acordou-me a pele e as estrelas
Palavras carícia e sopro quente
Marotice do encantamento
Hipnose de astro que se inquieta
Mulher corpo lançando feitiço
Na fogueira dos afetos primeiros
Prazer de resistir ao prazer
Desejo de desejar mais desejo
Nutrido na fome de si
A noite acende-se para o céu
O universo destapa-se dos lençóis
E, no instante anterior à criação
Retorno a mim no teu abraço.
Posted by Verbo do Mundo at 4:07 PM 2 comments
Thursday, November 22, 2012
Escorre-me o tempo
Nas têmporas
O despeito
Afunda-me o peito
Mas são os dizeres sábios
Que me lambem os lábios
Que me deixam surdo
E contrafeito
Quero que a mudez
Me colore a tez
E que o ruído
Se cale de vez.
Posted by Verbo do Mundo at 4:58 PM 2 comments
Porque queres despir-me das sombras?
Porque me recusas a noite?
Se queres a minha intensidade dentro de ti
Deixa-me a intensidade dentro de mim
No poço do segredo
Estão as formas do indizível
As memórias do degredo
As fomes do impossível
Deixa-me que me deixe sentir
Sente-me a deixar-me deixar
E quando me encontrares perdido
Perde-me... para me encontrares.
Posted by Verbo do Mundo at 4:30 PM 2 comments
Tuesday, November 13, 2012
Sou o filho do céu e do inferno
Brilham estrelas no meu vazio
Lanço fogo que rasga do frio
Vulcão aceso na noite de inverno
Sou flor que ruge por entre alcatrão
Dor que fica do gozo arrojado
Sou vaga que bate nos adamastores
Sonho de preso no forte dos bons
Não sofro de cismas, virtudes ou dons
Nem das febres dos sábios doutores
Sou a sombra desperta no nevoeiro
O riso na véspera da multidão
Anéis de saturno ao alcance da mão
Abraço do Mundo no corpo inteiro
Sou a força gentil do amor verdadeiro
Sou todos aqueles que em mim são.
Posted by Verbo do Mundo at 10:00 PM 2 comments
Monday, November 5, 2012
No espaço entre palavras
Desfiladeiros do indizível
Vive o infinito silêncio
As possibilidades sem fim
Em tudo o que há por dizer
Nada diz o que vou sendo
E de dizer me arrependo
Ao limitar-me assim
Escrevo sem saber aonde vou
E quando lá chego nunca lá estou
Mas é neste caminho para não me encontrar
Que me encontro a mim.
Posted by Verbo do Mundo at 1:12 AM 1 comments
Sunday, November 4, 2012
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