Friday, November 23, 2012

Um sussurro doce e límpido
Como um riacho no veludo do musgo
Acordou-me a pele e as estrelas

Palavras carícia e sopro quente
Marotice do encantamento
Hipnose de astro que se inquieta

Mulher corpo lançando feitiço
Na fogueira dos afetos primeiros
Reacordar da fénix sanguínea

Prazer de resistir ao prazer
Desejo de desejar mais desejo
Nutrido na fome de si

A noite acende-se para o céu
O universo destapa-se dos lençóis
E, no instante anterior à criação

Retorno a mim no teu abraço.

2 comments:

Anonymous said...

Menino que no centro da terra dorme

No breço que o funde, escaldante

magma que gira no compasso que corre

no sonho do norte, celeste e vibrante.

Anonymous said...

Depois da tempestade
A chuva cai
Lava mágoas turvas
De quantas em ti são

Afluem a teus braços sempre abertos
sempre dados constelações de estrelas
e no teu corpo macio lançam caricias doces
onde o rio lava habita

Tão belas
desfolhadas perfumadas
ainda mais belas mais fechadas
como tenras pétalas nuas
que esperam todos os dias
que o sol as abra

e
em
botão
me fecho