Monday, January 15, 2007

No minuto infinito
Condensa-se o ser
Sinto quando permito
Deixar-me conhecer

Angústia de ser em memória
Fuga de enredos meus
Ser apenas em história
É fechar os olhos a Deus

Desejo de perfeição que esquece
Dor do oposto vivido
Luto que não fenece
De tudo o que é querido

Querer mais do que é
Servir a dor do desejo
Torna a vida ré
De tudo o que almejo

Não fico pelo que sou
Nem sou pelo que fico
A vida já se gastou
E eu o simples complico

Quero aceitar o real
Deitar-me no seu leito
Conflito fundamental
Não aceito que não aceito

Ser não querendo ser
Não sendo e querer
Pela vida me estendo
Vivendo o não viver.

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