Sabeis senhores quem sois
Sem as vestes que usais?
Como ficareis depois
Nus como animais?
Despi-vos de nobrezas
Largai vossas carteiras
Perdei vossas certezas
Baixai vossas bandeiras
Deixai-vos estar nus
A sós convosco
Apresentai-vos à luz
Sem olhar fosco
Todos conheceram parteira
Cara que viram primeiro
Mas a face derradeira
Será aquela do coveiro
Sois diferentes em adereços
Coisas doutas e habilidades
Pagais diferentes preços
Ao comprar identidades
Mas todos usam penico
Seja d’ouro ou de cartão
Faz o pobre e faz o rico
E limpa com o que tem à mão
Adornam-se de banalidades
De esforços para ser
Fazem guerras de vontades
Grandes lutas a vencer
Fiquem nus de pança ao léu
Não tapem a vossa vergonha
Só andam debaixo do céu
Até que a morte a mão vos ponha
Mirem-se bem, tudo a nu
Não são assim tão importantes
Todos têm boca e cu
E na vida são passantes.
Monday, January 15, 2007
Posted by Verbo do Mundo at 5:28 PM
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