Saí-me todo para ti
Em soluços de aceitação
Do que em mim há maior que eu
Oiço longe voz que se rendeu
Gemido que espanta porque é meu
Se tenho corpo é ao sentir-te
Que de mim não dou conta
Se tenho dentro está fora
E já em ti mora
Neste sempre agora
Estás tu mais eu que tu
Estou eu mais tu que eu
Não distingo o teu do meu abraço
Entre nós não há espaço
De mim em nós me estilhaço
Se em mim não estou
Em mim não mando
Estou em ti como manta
Teu respirar em mim canta
Já o querer não se levanta
É justo este repouso
De quem viveu algo maior
Nada mais é preciso
Ajeita-me a cara um sorriso
De amor não tenho juízo
Noto a chuva que cai lá fora
Ri-se o lugar comum das cantigas
De tanto dele me ter rido
No conforto estou vencido
Este é lugar comum merecido
Ah querida, deixa-te estar
Que daqui é sempre a descer
Quem desta água bebeu
Sabe que a evidência venceu
È nos teus braços que existe o céu.
Wednesday, January 17, 2007
Posted by Verbo do Mundo at 9:41 AM
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