Friday, January 5, 2007

Poesia

A minha casa é nos abraços de quem amo
E o meu jardim brilha nos olhos de quem me quer
A cidade que percorro constrói-se nas conversas e nos risos
Avenidas de luz aberta e becos secretos que dão para as traseiras

O meu emprego é amar
É ser lírico no meio dos burocratas
E servir utopia ao balcão da vida
Mantendo conta no Banco Sentir & Companhia

Produzo momentos que não produzem
E tenho o lucro de não dar lucro
Que eu sou muito mais que o preço que me dão
E tenho muito mais do que aquilo que tenho

Sou aquilo que se é por se ser
E tenho aquilo que se tem por não se ter
Choro-me porque não sou mais, é certo
Mas tenho-me mais por me chorar

Dizem-me que não tenho futuro
Que a vida não é feita de poesias e amores perfeitos
Mas o futuro vem sempre com o amanhã
E a minha vida é mais vida no amor da poesia.

4 comments:

Anonymous said...

Olá. Adoro a sensibilidade com que escreves, fico a imaginar com que olhos vês o mundo, quem tu és bem la por dentro.

Anonymous said...

Ola...

"Produzo momentos que não produzem", é o que tu dizes.... e eu, não concordo...

Produzes momentos que produzem alegria, prazer, verdadeiras emoções a quem te lê...

Gostei de te "conhecer"...

Beijo
Vity

Anonymous said...

Olá Álvaro, PARABÉNS, que linda surpresa! continua a escrever, tens uma grande alma iluminada, por DEUS, espelhas o sentir e o ser de quem lê o que escreves. Beijinhos grandes Maria José

Anonymous said...

Olha cada dia tens um poema mais lindo que o outro, de coração adorei continuas assim, es um ser iluminado gostaria demasiado te conhecer...
Beijos na alma.
Dorinha