A minha casa é nos abraços de quem amo
E o meu jardim brilha nos olhos de quem me quer
A cidade que percorro constrói-se nas conversas e nos risos
Avenidas de luz aberta e becos secretos que dão para as traseiras
O meu emprego é amar
É ser lírico no meio dos burocratas
E servir utopia ao balcão da vida
Mantendo conta no Banco Sentir & Companhia
Produzo momentos que não produzem
E tenho o lucro de não dar lucro
Que eu sou muito mais que o preço que me dão
E tenho muito mais do que aquilo que tenho
Sou aquilo que se é por se ser
E tenho aquilo que se tem por não se ter
Choro-me porque não sou mais, é certo
Mas tenho-me mais por me chorar
Dizem-me que não tenho futuro
Que a vida não é feita de poesias e amores perfeitos
Mas o futuro vem sempre com o amanhã
E a minha vida é mais vida no amor da poesia.
Friday, January 5, 2007
Poesia
Posted by Verbo do Mundo at 11:31 AM
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4 comments:
Olá. Adoro a sensibilidade com que escreves, fico a imaginar com que olhos vês o mundo, quem tu és bem la por dentro.
Ola...
"Produzo momentos que não produzem", é o que tu dizes.... e eu, não concordo...
Produzes momentos que produzem alegria, prazer, verdadeiras emoções a quem te lê...
Gostei de te "conhecer"...
Beijo
Vity
Olá Álvaro, PARABÉNS, que linda surpresa! continua a escrever, tens uma grande alma iluminada, por DEUS, espelhas o sentir e o ser de quem lê o que escreves. Beijinhos grandes Maria José
Olha cada dia tens um poema mais lindo que o outro, de coração adorei continuas assim, es um ser iluminado gostaria demasiado te conhecer...
Beijos na alma.
Dorinha
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