No Oceano do não ser
Procurei a praia do eu
P’ra aprender a nascer
Viver quem não viveu
Construí-me como nação
História de grandes batalhas
De ódio levantei padrão
Foram crescendo muralhas
Ganhei fronteiras a pelejar
Em guerreira prontidão
Dei províncias a governar
A um feroz capitão
Em nome da independência
E da conquista de território
Tornou-se grande eminência
De imenso poder notório
Salvou-me de invasões
De saques de inimigos
Guardou-me os portões
Protegeu-me de castigos
Musculou-se nas vitórias
Ganhou fama de salvador
Viciou-se nas glórias
Tornou-se ursupador
Periga o seu poder
Sem castelos a conquistar
inimigos a vencer
Reinos a salvar
Velhos fantasmas assombram-no
Almas caídas em combate
Antigas fúrias tomam-no
Como sinos a rebate
Da lei quer ser regente
Governante intestino
Mandar no que se sente
Ser senhor do destino
Em guerra o enfrentei
Em emboscada ou no terreiro
Sempre a mim derrotei
Cansei de ser guerreiro
Vou lançar mão de homens sábios
P’ra aprender como se faz
Vou educar meus lábios
A saber falar de paz
P’ra ter melhor sorte
Da que me coube em mão
Convido p’ra minha corte
O meu velho capitão
Quero ter como aliada
A sua astúcia feroz
Alinhar a nossa armada
Falar a uma voz
Este poder combinado
De quem pisa o mesmo chão
Seria o estandarte içado
Na minha embarcação
Seria bela esta nave
Com rota rumo ao centro
Proa em forma de chave
Do mar que me está dentro.
Friday, January 19, 2007
Posted by Verbo do Mundo at 5:16 PM
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